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Riscos a crianças e adolescentes na Internet exigem ação de todos

Riscos a crianças e adolescentes na Internet exigem ação de todos

O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul oficiou a seus jurisdicionados no sentido de avaliar as políticas públicas em defesa do segmento infantojuvenil diante das ameaças digitais.

Iran Coelho das Neves*29/03/2019 às 00:00:00
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Infelizmente, crianças e adolescentes correm cada vez mais riscos diante das armadilhas que permeiam os meios online, e que vão desde os jogos aparentemente “inocentes”, porém viciantes, até as repulsivas manipulações de pedófilos, passando pelo bullying virtual e pelas disputas que induzem os perdedores a autoflagelações que, por vezes, levam ao suicídio.

Diante dessa trágica e quase onipresente ameaça, a crescente preocupação de pais e professores em orientar e proteger seus filhos e alunos deve ser reforçada com políticas públicas que envolvam diferentes instituições governamentais.

A vulnerabilidade de crianças e adolescentes aos ataques de criminosos digitais exige cada vez maior ação dos agentes públicos, da sociedade e de organizações privadas, diante de uma ameaça que ganha proporções de “epidemia contemporânea”, cujos perversos malefícios se expandem no universo online que, como sabemos, não tem limites.

Diante desse dramático quadro, o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul oficiou a seus jurisdicionados, ou seja, a todas as instituições governamentais do Estado e dos municípios, no sentido de avaliar as políticas públicas em defesa do segmento infantojuvenil diante das ameaças digitais e, mais que isso, sugerir a definição de ações permanentes e transversais, que estabeleçam formas mais eficazes de proteção.

Os organismos policiais cada vez mais se preparam para enfrentar a criminalidade digital, especialmente as abjetas redes de pedofilia que estendem seus tentáculos no submundo da internet. Os criminosos, porém, estão sempre inventando novos meios de burlar a vigilância, e a guerra cibernética entre o bem e o mal infelizmente parece não ter fim.

Por outro lado, são cada vez mais frequentes jogos online que, embalados no irresistível apelo lúdico a crianças e adolescentes, disfarçam armadilhas nefastas que potencializam uma ‘derrota’ digital em real e profunda frustração. A consequência pode ser a depressão ainda na infância e adolescência, de que os pais e professores sequer suspeitam, e que pode levar, no extremo, ao suicídio.

Estamos, portanto, diante de uma grave epidemia social, cujo combate exige o empenho de todos e, principalmente, a execução de políticas públicas eficazes, que articulem todos os órgãos e instâncias governamentais na repressão ao crime virtual contra nossos adolescentes e crianças.

O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul está totalmente comprometido com esse combate, e empenhado para que os nossos jurisdicionados cumpram seu dever legal e humano de defender nosso bem mais valioso, hoje ainda tão vulnerável à perversão que prolifera no mundo digital.

*Iran Coelho das Neves é presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul.