
A prefeitura de Campo Grande explicou que os órgãos nacionais que coordenam a vacinação no Brasil, não recomendam a testagem por ser “muito complexa” e aponta que o PNI (Plano Nacional de Imunização), até o momento, não orientou para que estados e municípios realizem a sorologia.
A explicação foi em resposta à recomendação feita pelo conselheiro do TCE-MS, Osmar Jeronymo, para que a Prefeitura da Capital realizasse testes que verificassem a eficácia da segunda dose da vacina Coronavac aplicada com atraso.
O conselheiro, que é o relator das contas do município de Campo Grande, argumentou que, o Instituto Butantan especificou a aplicação da vacina em duas doses, com intervalo de duas a quatro semanas e que, com a demora do Governo Federal na entrega das vacinas Coronavac, não foi possível cumprir com o prazo.
Como argumento, a prefeitura informou ao Tribunal de Contas que de acordo com a Associação Médica do Brasil, é difícil mensurar e avaliar a imunidade celular fora do âmbito de laboratórios de pesquisa, e que nem todos os anticorpos são detectados por métodos comercialmente disponíveis. Ressaltou, ainda, que “o processo de produção de anticorpos e a subsequente neutralização do antígeno varia entre indivíduos”.
A prefeitura explicou também que diante dessa complexidade imune, não há testes definitivos que concluam se há ou não imunidade adequada à determinada doença, mas informa que o pedido do TCE foi encaminhado tanto à Secretaria de Estado de Saúde (SES) quanto ao Ministério da Saúde para que seja emitida alguma orientação geral sobre como proceder nessas situações.
Entre as alegações, a prefeitura cita que todas as vacinas aprovadas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) se mostraram eficazes na prevenção à Covid-19 e às suas formas graves e são a saída para que a sociedade volte à normalidade.